terça-feira, 14 de setembro de 2010

Resumo – Iniciação à Estética – Capítulo IV – Teoria Aristotélica da Beleza – Ariano Suassuna

SUASSUNA, Ariano. Teoria Aristotélica da Beleza. In: SUASSUNA, Ariano. Iniciação à Estética. Rio de Janeiro: José Olympio, 2004. Cap. , p. 51-58.


Aristóteles abandona inteiramente o idealismo platônico, no que diz respeito à Beleza como em outros campos. Segundo o filósofo, a beleza de um objeto é decorrente de certa harmonia, ou ordenação, existente entre as partes desse objeto entre si e em relação ao todo.
O Belo exige características como, certa grandeza ou imponência, e, ao mesmo tempo, proporção e medida nessa grandeza, em resumo é necessário harmonia ou ordem, grandeza e proporção.
Os gregos identificavam a beleza com o Belo clássico, já Aristóteles mostra que a Beleza possui vários aspectos além do Belo. A fórmula que traça as fronteiras da Beleza é “a unidade na variedade”.





O mundo, vindo do caos e a luta constante entre esta visão de mundo e da vida, como uma batalha entre a harmonia idealizada e desejada e os destroços do caos ainda presentes são fundamentais no pensamento aristotélico.
Aristóteles admitia a desordem e a feiúra como elementos capazes de estimular a criação da Beleza através da Arte. Para ilustrar tal pensamento, o filósofo considera a Comédia como uma Arte do feio, mas mesmo assim a inclui no campo estético.

Diferentemente de Platão, que considerava a Beleza um empréstimo de uma luz superior, Aristóteles considera a Beleza como uma propriedade particular do objeto. Essa é a sua contribuição mais importante para definição da essência da Beleza, buscando uma objetividade do ponto de vista realista, recorrendo apenas ao próprio objeto para explicá-la.




Juntamente a essa definição objetiva da Beleza, o filósofo propõe que não é mais no objeto que ele estuda a Beleza, mas sim nas repercussões que ela desencadeia no espírito do contemplador. A Beleza é o objeto que agrada ao sujeito pelo simples fato de ser apreendido e fruído. O prazer estético decorre da apreensão, sem nenhum esforço, do objeto, pelo espírito do indivíduo.
O realismo não se confunde com nenhum pensamento reduzido ou estreito, pois ele revela a própria essência dos objetos. A realidade é detentora de verdades tão altas e nobres quanto o idealismo.
Em resumo, o pensamento platônico e o aristotélico são processos diferentes de definição da realidade íntima das coisas.

Um comentário:

  1. Tá de parabéns o seu blog!
    Adorei o modo em que resumiu os capitulos do livro de ariano suassuna iniciação a estética, quando será que vai postar mais sobre os capitulos..

    adorei seu blog , caso se interesse também deixo o meu blog...
    http://www.arquiteturafacts.blogspot.com/

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